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Projeto utiliza tecnologia local e barata para produção de respiradores e EPIs


Unindo forças contra a COVID-19 e suas ameaças, um grupo de voluntários de diversas cidades do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Uberlândia, se mobilizou, nas primeiras semanas de março, para a replicar, no Brasil, um projeto internacional, batizado de “Open Air”. Com a parceria, surgiu o Comitê COVIDMAKERS, que trabalha na produção de ventiladores, respiradores e equipamentos de proteção individual, como as máscaras de proteção, de forma mais rápida e barata. Do grupo fazem parte representantes de empresas fabricantes e construtoras, técnicos, pesquisadores, administradores, engenheiros, médicos e profissionais de comunicação, os quais, juntos, fabricam os dispositivos médicos. Os modelos podem ser reproduzidos e montados localmente, em todo o mundo.

Face Shields (máscaras de proteção)

As máscaras, que requerem apenas conhecimento técnico de quem manuseará a impressora 3D e a folha de acetato cristal A4 (21x29,7cm), já começaram a ser distribuídas por diversas cidades do país. Empresas fornecedoras de folha de acetato podem ajudar com o suprimento deste insumo para alavancar a produção.


Respiradores

A produção de dois respiradores também segue a todo vapor. Um deles é o “Automatizador de Reanimador Manual (ARM)”, que representa, hoje, o foco do projeto. É destinado para pessoas que estão em locomoção para UTIs e que necessitam de internação clínica. Trata-se de um equipamento que ajuda o ar entrar e sair dos pulmões, auxiliando pacientes com insuficiência respiratória. Por se tratar de um aparelho portátil e sem um tubo inserido no paciente, a construção do ARM, que utiliza em sua principal operação bomba de ambu, é extremamente ágil, barata e escalável. Um segundo tipo de aparelho, mais complexo, promove o controle da entrada e saída de gás carbônico e oxigênio. Este, o “Ventilador Eletrônico”, controla eletronicamente a pressão do oxigênio (fechamento e abertura), simulando o ciclo da respiração, permitindo ao paciente insuflar e expirar. Neste caso, o projeto já existe, mas ainda estão sendo feitos estudos de materiais específicos e testes em animais para se ter um retorno seguro e afirmativo, bem como a validação médica e dos órgãos regulamentares, como a ANVISA e outros órgãos sanitários. Em ambos os projetos de respiradores, é necessária a parceria com indústrias para a produção e a própria testagem adquirirem escala e o material poder ser replicado. “O grande segredo é a comunidade de voluntários engajados por um único propósito de combater as ameaças do vírus e todo o capital intelectual gerado sem fins lucrativos”, afirma o matemático Roberto Ueno, um dos integrantes desta louvável força-tarefa.

Para o cadastramento de profissionais ou especialistas voluntários, acesse: https://bit.ly/voluntarios-respiradores-covid.

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