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Estratégias de prevenção do AVC em crianças com Doença Falciforme




Você sabia que uma das principais causas do AVC infantil é a doença falciforme?



A incidência de AVC isquêmico agudo em crianças com anemia falciforme pode ser até 280 vezes mais alta do que na população pediátrica, segundo artigo publicado no Jornal de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).


Esse dado representa um alerta, já que o AVC infantil está entre as dez principais causas de mortalidade na infância: cerca de 10 a 20% das crianças morrem em decorrência da doença.


A chance de recorrência do evento está em 20%, enquanto de 50 a 75% permanecem com alguma sequela.


De acordo com o neurologista Daniel Paes Santos, membro da Academia Brasileira de Neurologia, é importante focar na prevenção do AVC em pacientes com anemia falciforme através de estratégias que envolvam a monitorização do fluxo sanguíneo cerebral pelo Doppler Transcraniano, uma ferramenta não invasiva e de fácil execução:


“É importante realizarmos exames regulares utilizando o Doppler Transcraniano a cada 3 meses, 6 meses ou 1 ano, entre os 2 e 18 anos nesses pacientes, para evitar um possível Acidente Vascular Cerebral e suas sequelas.”


O médico reforçou que é importante a família ficar atenta aos sinais do AVC na criança que possui doença falciforme para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível e, assim, os riscos serem reduzidos.


Os primeiros sintomas são:


• Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo.

• Confusão, alteração da fala ou compreensão.

• Alteração na visão.

• Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar.


O que é Doença Falciforme?


A doença falciforme é causada por uma alteração genética da hemoglobina, pigmento que dá cor vermelha ao sangue e transporta o oxigênio dos pulmões para os diversos tecidos do organismo. Quando a quantidade de oxigênio no sangue diminui, os glóbulos vermelhos das pessoas com doença falciforme perdem a forma arredondada e a elasticidade e adquirem a forma de foice. Por isso, o nome falciforme.


A condição se manifesta ao redor do sexto mês de vida do bebê, embora em alguns casos os sintomas possam aparecer com o passar dos anos.


Segundo estimativas do Ministério da Saúde, de 25 a 50 mil brasileiros vivem hoje com doença falciforme, o que a faz ser um dos distúrbios genéticos e hereditários mais comuns no país.


O diagnóstico precoce é feito na triagem neonatal com a realização do Teste do Pezinho.

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