(Foto: Pexels/Viktoria)
Coração acelerado, aumento da pressão arterial, dificuldades para dormir e comer, olhar perdido. Esses sinais são o corpo dizendo que a pessoa está apaixonada. Mas o que, quimicamente, explica essas alterações no organismo?
O portal Health Connections conversou com o neurologista Charles André, professor de Neurologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que explicou como o cérebro de uma pessoa apaixonada age. Neurotransmissores específicos são ativados e diversos hormônios são liberados pelo corpo, causando essas reações e mais.
Confira a ação de alguns desses neurotransmissores e hormônios.
Dopamina - intimamente associada ao prazer e sensação de satisfação, recompensa. Provoca efeitos de aumento da pressão arterial, aumento da frequência respiratória e cardíaca, dilatação das pupilas e rubores.
Adrenalina - hormônio fortemente estimulado quando estou em uma situação de perigo. No fundo é muito parecido com a reação química que se tem quando estamos diante de um desafio perigoso.
Acetilcolina - neurotransmissor parassimpático que reduz a frequência cardíaca, provoca sudorese e pode levar o indivíduo até ao desmaio após fortes emoções.
Outros agentes desses efeitos são a ocitocina, vasopressina, cortisol, noradrenalina... Ou seja, há muitos responsáveis pelas sensações oriundas de uma paixão.
Para o especialista, é importante frisar que há uma diferença de atividade neurológica da paixão causada pela admiração e querer bem a outra pessoa e pela paixão causada pela atração física e sexual.
Apesar das reações químicas provocadas pela ativação do cérebro e liberação dos hormônios, o especialista afirma que não é apenas isso o que pode definir uma paixão e que outras áreas do conhecimento, como a Psicologia, também podem trazer respostas sobre a vivência dessas emoções.
Por Camille Dornelles e Carolina Medeiros
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