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Cefaleia na gravidez: entenda por que a dor de cabeça pode ser perigosa



A cefaleia, termo médico para a comumente conhecida dor de cabeça, costuma melhorar de 55% a 90% na maioria das gestantes, de acordo com informações publicadas pela Sociedade Brasileira de Cefaleia em 2019. Mesmo assim, algumas grávidas se queixam de cefaleia e podem chegar a ficar internadas por causa das dores.


Isso porque, segundo a neurologista Aline Turbino Neves, coordenadora e Chefe do Setor de Investigação de Cefaleias da Residência de Neurologia do Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, a dor de cabeça pode indicar a piora de alguma doença preexistente da gestante ou o surgimento de doença neurológica.


"A cefaleia do tipo tensional pode se agravar pelas alterações posturais e pelo estado de estresse gestacional", explicou em entrevista à Sociedade Brasileira de Cefaleia. Ela alerta que a enxaqueca é um fator de risco grave para várias complicações, por isso o seguimento com um neurologista é recomendado.


O QUE A DOR DE CABEÇA NAS GRÁVIDAS PODE INDICAR?

As alterações naturais que a gravidez proporciona no corpo da gestante, como mudanças hormonais, facilidade para desenvolver coágulos e aumento do volume de sangue em circulação, predispõem as grávidas a inflamações nos vasos sanguíneos, hipertensão intracraniana idiopática, eclampsia, trombose venosa cerebral, acidente vascular cerebral (AVC) e hemorragias intracranianas. A queixa de dores de cabeça será um indicativo da necessidade de investigação dessas doenças.


Grávida, influenciadora Virgínia Fonseca chegou a ser internada por causa de cefaleia


TRATAMENTO


Neves esclarece que, a partir da avaliação do médico especialista, esse pode indicar um tratamento, em concordância com o obstetra que acompanha a gestante, que vai desde práticas para redução do estresse até anestesia.


"Relaxamento, biofeedback, compressas frias, fisioterapia, acupuntura e psicoterapia, até medicações para analgesia via oral e anestesias locais, realizadas por neurologistas especialistas em dor de cabeça, bem como a instituição de medicações preventivas", aponta.




Curadoria de Camille Dornelles

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